"A fonte de todos os desejos do ser humano é o desejo de ser desejado sempre". (J. LACAN)
"A
fonte de todos os desejos do ser humano é o desejo de ser desejado
sempre". (J. LACAN)
O que nos angustia ao longo da vida, em grande parte, é o desejo sempre de sermos objetos de desejo do outro.
A
vida humana gira em torno do valor, a fonte de todos os desejos do
ser humano é o desejo de ser desejado sempre. O tempo todo passamos
da experiência de sair da multidão e ser reconhecidos como único.
Ninguém deseja ser visto como uma multidão, mas individualmente.
A causa de muitos, ou quase todos os desejos humanos, como nos diz Lacan, está nessa problemática: termos que ser desejados sempre e a todo instante.
O consumismo e a ostentação das mais variadas formas, são a prova cabal dessa necessidade humana, exacerbada na contemporaneidade, de que não basta ter algo, é preciso ostentar para o outro aquilo que se possui, para provocar no outro uma inveja não do que temos, mas daquilo que somos por ter determinada coisa.
O
que define o ser hoje, não é aquilo que ele é, mas aquilo que ele
possui: a sua roupa, o seu automóvel, a sua joia,
a sua casa, enfim, tudo o que possa vir a despertar o desejo alheio.
Buscamos ser invejados, ainda que coloquemos a inveja como sendo algo da ordem do "ruim", mas se não nos sentimos invejados, nasce em nós, um mecanismo que nos coloca no mundo como sendo "à parte dele". É como se disséssemos: eu só existo, se for invejado, e para ser invejado, eu preciso não apenas possuir coisas, mas ostentá-las, porque se eu as possuir e não ostentar, é como se eu não as tivesse.
Claro que essa lógica se relaciona com o capitalismo e com a sociedade de consumo em que vivemos, e que aumentou exponencialmente nos últimos anos, mas isso em termos mentais revela uma necessidade muito primária do homem: ser desejado, pois somos seres “desejantes”.
Fato é que como somos seres “desejantes”, e por isso, estamos sempre ligados intimamente ao olhar do outro, precisamos criar mecanismos que nos ajudem a compreender esse nosso desejo, e o que ele nos coloca de culpa diante do mundo em que estamos. O nosso desejo implica em uma responsabilidade sobre aquilo que fazemos. Como todo desejo nasce de uma fonte primitiva de ser desejado pelo outro, vivemos sempre em razão desse olhar externo, e nossas atitudes em busca dessa satisfação, são exatamente aquilo que vai ocasionar a realização daquilo que almejamos ou a frustração pelo fracasso.
Nesse
sentido, é preciso sabermos como viver esse desejo e toda a
responsabilidade que ele implica em nós, e nos que nos cercam: eis
uma colaboração que a Psicanálise pode nos oferecer.
ola pastor, percebi o pensamento exposto. concordo que exista esta mentalidade.mas descordo que haja a obrigaçao de pensarmos assim. podemos decidir viver uma verdade diferente, exemplo: a que aprendemos em Cristo segundo seus ensinamentos existentes na biblia. a verdade que aprendemos em Cristo é a que devemos diminuir pra que Cristo cresça em nós. perder a vida pra viver a vida de Cristo que é: Amor, aliança, etc. abraço. amo te. obrigado pela dedicaçao que tens com o crescimento do nosso intelecto. see you..
ResponderExcluir:-)
ExcluirDeus não existe, amigo. Obrigado.
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