Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher

Este ditado popular é muito bacana e ao mesmo tempo muito válido, muito rico!

Na minha adolescência, uma das minhas características marcantes foi, sem dúvida, o senso de proteção para com os meus amigos. Talvez movido pelos hormônios da testosterona ou até mesmo os gonadotróficos me impulsionavam de tal maneira que onde tinha fumaça amiga, lá estava o bombeiro amigo Romão a tentar impor o senso de justiça e a apagar o fogo injusto. 




Às vezez esse ímpeto que nos torna cego a fim de mostrar qualquer tipo de injustiça não é uma boa atitude. Talvez você esteja me perguntando: " Mas Romão, temos que ser amigos. Se eu ver uma injustiça com algum amigo meu, aviso na hora!"

Pois bem, eu também avisava e acabei saindo na pior.

Não fiquemos no marido e mulher propriamente dito. Amigo com amiga, amigo com amigo, amiga com amiga, ficante com ficante, namorado com namorada, esse ditado engloba todos esses casos e não somente no âmbito sentimental. Em qualquer relação esse ditado pode ser empregado.

Quem avisa amigo é! A minha triste experiência foi numa relação sentimental.

Numa das Super-Quadras de Brasília, tinha um casal de namorados muito amoroso. Eu era amigo de Fulano que por sua vez namorava a Fulana. Certa vez, comecei a perceber que Fulana era amiga do Ciclano. Até aí tudo bem, devemos sempre buscar novas amizades... Que coisa bonita... Contudo, essa amizade era, na verdade, uma amizade colorida.  Não precisava saber o teorema de Pitágoras para distinguir essa amizade de um triângulo amoroso, ao meu ver um belo triângulo escaleno. Fulano, Fulana e Ciclano. Daria para estudarmos geometria tranquilamente...

O problema era que todos sabiam, mas Fulano não sabia. Fulano era muito meu amigo e adivinhem o que eu fiz? Exatamente isso, chamei-o na "xinxa" e elucidei os fatos. Fui direto e objetivo. Sai da conversa com orgulho, com ar de dever cumprido e certo de que fiz minha boa ação do dia. Passaram-se dois dias e entendi realmente o porquê do o ditado popular. Perdi meu amigo, a Fulana nunca mais olhou na minha cara, fiquei sendo o fofoqueiro da história, Ciclano quis me bater e Fulano e Fulana foram felizes para sempre.





2 comentários:

  1. Goxteiii meu escritor favorito, mas como sou jornalista curiosa (mais do que o normal) eu gostaria de saber os nomes dos fulanos e fulanas....kkkkk!
    beijos

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  2. Logo à noite eu te digo, mas é segredo! Beijão minha jornalista inspiradora...

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