AMOR em três perspectivas

O grande pensador Platão, disse que o amor é o desejo pelo que falta.

Já o grande pensador Aristóteles, disse que o amor é a alegria pelo o que não falta.

Eu fico com os dois. Nada me impede de amar o que eu não tenho. E quando eu amo o que eu não tenho, é chamado de EROS, ou desejo.

Mas nada me impede de amar também, aquilo que eu já tenho. E quando eu amo aquilo que eu já tenho, é chamado de FILIA ou alegria.

E para você perceber como são os dois complementares, falo da minha esposa.

A vida é muito corrida. E em tempos que não a vejo, me permite perceber que a amo à moda de Platão, eroticamente. Desejando demais, quando ela não está...

Mas quando estou com ela, agora que a falta se fez presença, eu me dou conta de que a amo muito também à moda de Aristóteles. 

Na presença, seus olhos me encantam, sua presença me internece, seu abraço me contagia, tudo nela é alegria, no encontro.

E ai fica evidente que se você ama alguém, quando esse alguém não está, desejando que estivesse e quando você ama esse alguém, quando esse alguém está, alegrando-se com o encontro, não sobram outras possibilidades.

Se você ama na falta e na presença, é porque você ama e ponto final. Na falta, desejando. Na presença, se alegrando.

Já o mestre Jesus nos deu o exemplo do amor Ágape - amor por qualquer um - não é desejo e nem alegria (até porque nem todo mundo nos alegra), entretanto esse amor é um amor onde o importante é o amado, custe o que custar. Eu também fico com esse, se eu ver alguns dos meus filhos em apuros, dou certamente minha vida por eles. Foi o que Jesus fez, só que ele fez por todos, isso é que é o mais difícil... 

Resumo:

Platão - Amor Eros - eu desejo - posso trocar por outra coisa que posso passar a desejar.

Aristóteles - Amor Filia (Alegria) - um amor egocêntrico, onde me alegro no encontro daquilo que até então não tinha.

Jesus - Amor Ágape - o que importa é o amado, quando o sofrimento do outro nos incomoda a ponto de darmos a nossa própria vida.